Ele tomou a iniciativa, e insistiu. Ele a elogiava, fazia juras de amor, dizia que se lembrava dela com aquelas músicas bonitas que todo mundo diz não gostar, mas sempre se derrete por dentro. Ele não olhava para os seios dela, olhava para os olhos. Ele era sério, tinha planos, queria ter filhos. Não era príncipe, mas tinha vocação para isso, sempre sabia o que ela queria ouvir. E dizia. Ela escutava. Gostava. Ele não a deixava esperando, dava satisfações, a lembrava de tomar remédios. A lembrava o quanto era sortudo por ter ela em sua vida, a apresentou aos melhores amigos, a irmã, aos pais. Sim, aos pais. Ele realmente deveria querer algo mais do que uma transa casual. Devia ser romance, paixão, coisa de pele. Ele mandava mensagens, dizia estar com saudade, fazia ela rir. Sorrir. Ela não roía mais unhas, ele a dava muitas certezas. Planos, viagens. Ele não saía sem ela, e se saía, dizia não gostar.
E ela? Ah, ela. Igualzinha a todas as outras elas que conhecemos, acabou cedendo. Acabou dando. Dando carinho, dando atenção, dando seu coração.
E aí ele, igualzinho a todos os outros eles, a deixou. Não me pergunte o porquê.
Esperava um final feliz?
Em qual galáxia que tu vive?
Ela, igualzinha a todas as outras elas, não acredita mais em contos de fadas. Dessa vez, de verdade.
E isso durará até o próximo ele aparecer, tomar-lhe o coração e o despedaçar.
Acontece.
amei O:
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