quinta-feira, 26 de junho de 2014

Teoria Disney +1: Teoria da Cinderela

Já ouviu falar da Teoria Pixar? 
É aquela teoria meio maluca que pega cada detalhe aparentemente sem importância presente em cada filme da produtora e mostra uma maneira deles estarem interligados.
Não faço a menor ideia se ela é real, mas faz sentido.

Disney é da mesma família da Pixar, né. Toda aquela turma que transforma histórias em pura magia e tem a competência de manter atenção de crianças e adultos por quase duas horas.

Explicando o raciocínio, só pra ficar claro, cito então a Mc Mayara que brilha entoando a Teoria da Branca de Neve (apenas me deixem, sou grande fã!):
Por que só ter um se eu posso ter sete?
Sete.
Sete.
Sete.
Sete.
Set... tá, parei.

Quem é responsável por uma geração frustrada ao descobrir que não é princesa? Ao notar que não teria sapatinho de cristal muito menos príncipe encantado para devolvê-lo?

Sim, a Disney.
Em tempos de Malévola fazendo sucesso por aí, começo daí minha teoria:

Certa vez comentei aqui que tem coração que adora aparecer no meu sapato. Percebi, então, que devia explicar melhor a Teoria da Cinderela.

Cinderela é aquela princesa que não era bem princesa, ficou órfã, virou escrava da madrasta e das meio-irmãs igualmente más. Desafiou o sistema, foi escondida pro baile procurar um negão e conquistou o príncipe e tudo mais e no meio dessa aventura perdeu o sapato de cristal bafônico que arranjou com uma fada madrinha. História de diva mesmo.

Acontece que sendo um conto Disney, a história fica toda em cima do sofrimento da mocinha que não tem roupa luxuosa pra ir à um baile real e a paixão instantânea que fez um príncipe carente percorrer todo o reino até reencontrar a donzela pela qual se apaixonou. 
Tudo muito legal, mas foquemos no que torna o enlace possível: o sapatinho. 
Um objeto, mero detalhe. Mero detalhe?

Se não fosse o sapato de cristal provavelmente Cinderela não teria ido ao baile, porque né, suponho que em tempos de monarquia um vestido lyndo ainda não justificava aparecer no casa do rei descalça.
Se não fosse o sapato de cristal perdido na correria de voltar pra casa em tempo provavelmente o príncipe teria descoberto que um lance é um lance, um lance não é um romance, afinal, como ele encontraria a gatinha se não fosse a ideia de ir de casa em casa de desconhecidos até descobrir quem poderia calçar perfeitamente o sapato? 
E também, se não fosse um sapato de cristal repleto de magia, imagino que ele não seria exclusivo da gata, e sim, serviria em outras tantas moças do reino que tivessem numeração parecida e o príncipe acabaria casado com a pessoa errada.

A Teoria da Cinderela é que às vezes estamos tão determinados, focados, cegos de amor ou por qualquer outro motivo, impossibilitados de enxergar uma situação com clareza o suficiente, que não refletimos sobre ela, interpretamos de qualquer maneira e ignoramos, conscientemente ou não, o mais importante.
Citaria até Pequeno Príncipe: o essencial é invisível aos olhos.

Dessa forma, peço: calcem seus sapatinhos. Certifiquem-se de que ele está confortável e que há real importância em calçá-lo.






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