Impressionante como não me vinha nada à cabeça.
Era uma manhã linda, as minhas músicas preferidas tocavam aleatóriamente em algum celular desconhecido, a cerveja estava gelada e o meu cheiro de infância, da grama prendida à terra molhada, predominava. E nós. Você estava lindo. As horas que eu (te) perdi para a academia realmente surtiram um efeito ainda melhor que o esperado. Você mexia em meu cabelo e se enciumava com meus comentários provocativos. E a gente ria. As nossas mãos estavam entrelaçadas e o futuro sorria para mim. Meio com ar de moleque brincalhão, mas sem perder a seriedade. Sorria para nós. E eu não estava ali. Não que eu não estivesse feliz. Não que eu não esteja feliz. Não que eu não goste de você.
Apenas não sou assim.
Eu estava pensando se o sono que eu não estava tirando naquele exato momento não me faria falta depois. Pensava em como aquela deliciosa cerveja detonaria minha dieta e aquele sol não seria julgado por mim tão incoveniente se eu estivesse com meus (vergonhos!) enormes óculos escuros.
Eu consegui, sabe? Me sinto orgulhosa. Por te ter e te manter por perto. Um cara legal, finalmente. Para ter na minha cabeça, nos meus braços e no meu coração.
O problema é que aprendi a ser assim. Minha cabeça voa pra longe, os braços procuram outros abraços e o coração se fecha.
Sou assim mesmo.
Impressionante como se passa muita coisa pela minha cabeça...
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